"Viemos aqui para ver no terreno os problemas que existem, o problema da imigração, que é um problema da Europa, que precisa de uma solução europeia", disse à imprensa o ministro Grande-Marlaska, membro do novo governo do socialista Pedro Sánchez, ao visitar a província de Cádiz, segundo uma gravação enviada pela comitiva oficial.
O ministro espanhol foi a Algeciras para constatar como os migrantes estão a ser atendidos pelas forças de segurança e pela Cruz Vermelha.
Na sua conta na rede social Twitter, o serviço público de Salvamento Marítimo anunciou este sábado que 334 pessoas recém-chegadas de 17 embarcações improvisadas receberam hoje ajuda.
Já na sexta, a Guarda Costeira socorreu 888 pessoas num único dia.
Este ano, Espanha tornou-se a primeira porta de entrada de migrantes irregulares à Europa, à frente da Itália.
"Isso era de se esperar", afirmou o ministro, acusando o governo anterior, do conservador Mariano Rajoy, de "um pouquinho de imprevisão", depois de as chegadas pelo mar terem começado a disparar no ano passado.
"Estamos a abrir um centro no [...] porto de Algeciras", com capacidade para mais de 600 lugares, declarou, afirmando que se trabalha "contra o relógio".
Mais de 20.992 migrantes em situação irregular chegaram a Espanha pelo mar desde o início do ano, e 304 morreram durante a travessia, segundo um registo da Organização Internacional para as Migrações (OIM), com data de 25 de julho.
Até então, Itália contava com 18.130 chegadas e 1.111 mortos, enquanto a Grécia contabilizava 15.528 chegadas e 89 óbitos.
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