e acordo com o vereador da Educação da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida, o município recebeu na quarta-feira a ordem para o encerramento de “cinco salas de aula, a sala de diretores e outra sala”.
Segundo o responsável, não houve necessidade de encaminhar os alunos para outras escolas, “continuando a decorrer as aulas noutras salas da escola”.
Questionado pela agência Lusa sobre a hipótese de o município avançar com as obras de requalificação da escola, para as quais já demonstrou ao Governo ter disponibilidade, Frederico Pinho de Almeida afirmou, em resposta escrita, que “continuam a aguardar resposta por parte do Ministério da Educação”.
“Estivemos ontem [quarta-feira] reunidos na DGEST [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] e tivemos a confirmação por parte deste organismo de que o piso e as coberturas das salas de aulas serão intervencionadas, não tendo ainda nenhuma data específica para o início dos trabalhos”, esclareceu o responsável.
De acordo com um comunicado do grupo SOS Amianto, da Quercus, a ACT detetou, em algumas salas da Escola Secundária de Cascais, “a presença de materiais contendo amianto como pavimentos, coberturas e juntas de dilatação que, pelo estado elevado de degradação, apresentaram valores acima dos limites de exposição definidos pela Organização Mundial de Saúde”, o que deu origem ao encerramento das salas de aula onde foram identificados esses materiais.
De acordo com o responsável pelo pelouro da Educação no município, está agendada para terça-feira uma “inspeção pelo Instituto Ricardo Jorge” às restantes salas de aula para “aferir se existem condições”.
Em janeiro, a comunidade escolar da Escola Secundária de Cascais já se tinha manifestado “preocupada com a libertação de amianto” nos edifícios escolares, na sequência de algumas detonações que estavam a ser realizadas nos terrenos próximos à escola para a construção de um edifício habitacional.
À data, Frederico Pinho de Almeida afirmou à agência Lusa que há escolas no concelho com capacidade para acolher os alunos daquela comunidade escolar, caso seja necessário proceder ao encerramento da escola.
“Temos escolas em subocupação, têm salas disponíveis. No limite, caso seja decidido o encerramento temporário, há escolas com capacidade”, afirmou.
A Escola Secundária de Cascais tem 642 alunos, distribuídos por 26 turmas que poderiam ser distribuídas por outras escolas secundárias do concelho.
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