A Arábia Saudita acabou por admitir no sábado que o jornalista Jamal Khashoggi, crítico do poder em Riade e colaborador do jornal The Washington Post, foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul.
No domingo, num discurso proferido numa cerimónia pública, Erdogan disse pretender “que se faça justiça” e que “toda a verdade será revelada (…) a verdade nua”.
Na segunda-feira, o porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalin, disse numa conferência de imprensa que “nada ficará por dizer” no esclarecimento sobre a morte de Khashoggi.
“Desde o início, a linha do nosso Presidente é transparente: nada ficará por dizer. No plano judicial, iremos até ao fundo deste caso. Revelar todas questões relacionadas com este caso é o nosso objetivo final”, precisou Ibrahim Kalin.
A imprensa turca publicou segunda-feira novas informações que implicam o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, na morte do jornalista.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro, para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.
A Arábia Saudita reconheceu que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, anunciou a agência oficial de notícias SPA.
A agência estatal de notícias saudita SPA revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de inteligência do reino e oficiais.
As informações reveladas não identificam os 18 sauditas detidos pelas autoridades.
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