"Devemos apaziguar a situação para evitar que se degenere", disse o primeiro-ministro, que fará uma declaração hoje sobre o assunto na televisão francesa, segundo a mesma fonte.
"A moratória não colocará em questão a ambição da transição ecológica. Um imposto não é uma reforma, mas um meio de reforma", argumentou o chefe de governo.
O anúncio desta baixa nos impostos, que o executivo até agora rejeitou fortemente, acontece depois de três semanas de bloqueios e manifestações violentas em todo o território francês, que culminaram com cenas de tumultos em Paris no sábado.
"Precisamos de dar aos franceses uma razão para recuperar o juízo", disse Philippe.
"O que constatamos nas últimas três semanas?", questionou o primeiro-ministro, de acordo com a fonte.
"Nós vemos surgir na França uma raiva profunda que vem de longe, que há muito tem sido escondida por pudor e orgulho. Agora, é expressada de forma coletiva. A raiva dos franceses que sentem que estão voltados contra uma parede, que trabalham e não querem ser relegados”, declarou.
O debate sobre a crise dos "coletes amarelos" na Assembleia Nacional, na quarta-feira, será seguido por uma votação dos deputados que não implicará na responsabilização do Governo, referiu hoje fonte parlamentar à agência de notícias AFP.
Este debate sobre a "tributação ecológica e o seu impacto sobre o poder de compra" será realizado a partir das 15:00 (local, 14:00 horas em Lisboa), em vez da tradicional sessão de perguntas ao Governo.
(Notícia atualizada às 12:15)
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