Segundo a companhia, o crescimento do mercado impulsionará 55% da procura total e os 45% restantes serão entregues para substituir aeronaves antigas.
“Embora as perspetivas específicas de cada região variem consideravelmente, a eficiência e a sustentabilidade continuam a ser os principais impulsionadores dessa projeção de mercado. O segmento de até 150 assentos formará uma parte cada vez mais essencial do ecossistema de transporte aéreo global”, destacou a empresa em um comunicado.
A região da Ásia-Pacífico deve ser responsável pelo maior crescimento da procura (28%), seguida pela América do Norte (26%), Europa (21%), América Latina (11%), África (4%) e Médio Oriente (4%).
A Embraer frisou que o desempenho económico do setor de companhias aéreas dependerá em grande parte de quanto os custos aumentarão, e até que ponto o setor poderá sustentar um nível adequado de receitas.
“Apesar dos ótimos resultados demonstrados pela indústria desde 2015, quando a Margem EBIT [sigla em inglês para Lucro antes dos Juros e Tributos] atingiu o patamar inédito de 8,6%, temos visto uma queda sistemática: 8,5% em 2016, 7,5% em 2017, 5,8% em 2018″, frisou John Slattery, presidente e presidente do conselho de administração da Embraer Aviação Comercial.
“Com certeza, ainda são números fortes, mas é razoável considerar que o pico deste grande ciclo está atrás de nós”, acrescentou.
Além disso, a fabricante brasileira confirmou hoje na 53ª edição do Paris Air Show Internacional a assinatura de um contrato com a companhia aérea Binter, da Espanha, para o fabrico de dois jatos E195-E2 adicionais, confirmando os direitos de compra do contrato original, firmado em 2018.
A encomenda será incluída na carteira de pedidos da Embraer do segundo trimestre deste ano e tem valor de 141,8 milhões de dólares (126,56 milhões de euros), com base na atual lista de preços da Embraer.
Outro negócio anunciado foi a assinatura de um contrato com a japonesa Fuji Dream Airlines (FDA) para dois jatos E175.
O pedido tem um valor estimado de 97,2 milhões de dólares (86,7 milhões de euros), com base em preços de lista de 2019, e já estava incluído na carteira de pedidos da Embraer do primeiro trimestre como “cliente não divulgado”.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.
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