A declaração de Hutchison acontece no momento em que a equipa do Presidente eleito se queixa de atrasos e falta de colaboração na transição de poderes na Casa Branca e em que o Presidente em exercício continua a não admitir a derrota nas eleições presidenciais de 03 deste mês, alegando a existência de “fraude eleitoral”.
“Acredito que haverá uma transição suave em apoio à nossa ligação transatlântica com a NATO e os Estados Unidos. Não haverá diferença. Haverá um compromisso com a ligação transatlântica”, disse a embaixadora, durante uma conferência de imprensa antes da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança, que se realiza na terça e quarta-feira.
A embaixadora, que entre 1993 e 2013 foi senadora republicana pelo estado do Texas, reconheceu que Biden é “certamente um apoiante da NATO”, bem como de organizações multilaterais.
“Gostamos de ter aliados. Ele gosta de ter aliados”, comentou Hutchinson, salientando que o seu Governo está “muito comprometido” com a NATO, dizendo acreditar que não haverá alteração nesse compromisso, com o Presidente democrata eleito.
A afirmação de Hutchison choca com o facto de, durante o seu mandato, Trump ter questionado repetidas vezes o compromisso dos Estados Unidos com a organização do Atlântico Norte.
A embaixadora acrescentou que a primeira viagem de Biden à Europa será para se encontrar com responsáveis da NATO, “porque é muuito favorável à ligação transatlântica e também porque é essa a tradição que os presidentes dos EUA têm seguido”.
Hoje, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, confirmou o conviute a Biden para participar de uma cimeira de líderes aliados, em Bruxelas, no início do próximo ano.
Hutchison admitiu que os Estados Unidos estão “preocupados” com o comportamento da Turquia, em particular com a compra do sistema de defesa antiaéreo russo S400, criticado pela NATO, de que os turcos são membros, já que dificulta a interoperabilidade com as forças armadas da Aliança.
“A ideia de colocar um sistema de defesa antimísseis de fabrico russo no meio da nossa Aliança quebra o equilíbrio”, reconheceu a embaixador norte-americana, acrescentando que espera que a Turquia “reverta a decisão que tomou”.
Comentários