
As eleições provinciais e locais, bem como uma votação legislativa na província de Ghazni, irão decorrer no mesmo dia, disse o responsável aos jornalistas, citado pela Agência France Presse.
Este anúncio surgiu após semanas de especulações em torno de um adiamento com o objetivo de dar mais tempo às negociações de paz entre os norte-americanos e os talibãs.
A data anterior, 20 de abril, tinha sido considerada irrealista por vários observadores, já que a Comissão Eleitoral Independente ainda não divulgou os resultados definitivos das eleições legislativas de outubro.
Um porta-voz do presidente Ashraf Ghani, que se candidata a um novo mandato, saudou o adiamento da data das eleições.
Este adiamento surgiu após o anúncio — não confirmado oficialmente — da retirada de cerca de sete mil dos 14 mil soldados norte-americanos, atualmente em solo afegão.
As últimas eleições presidenciais no Afeganistão, realizadas em 2014, ficaram marcadas por alegações generalizadas de fraude.
Os dois principais candidatos, Ashraf Ghani e Abdullah Abdullah, passaram a uma segunda volta com resultados muito próximos, mas antes de os resultados definitivos terem sido anunciados, Abdullah alegou ter existido fraude generalizada na votação.
O então secretário de Estado norte-americano, John Kerry, intercedeu e foi negociado um Governo de unidade nacional.
Ghani foi nomeado presidente e a Abdullah foi dado o recém-criado cargo de Chefe Executivo, num acordo que deveria ter durando dois anos, mas que continua até hoje.
Comentários