"Estamos perto das portas do Pinhal Interior, uma das zonas do país onde a floresta é simultaneamente uma riqueza e tem sido também uma ameaça", disse António Costa no Centro Geodésico de Portugal, em Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco.
Para o secretário-geral do PS, o país "tem uma enorme oportunidade para o seu desenvolvimento", se se "olhar devidamente para a riqueza que tem sido desaproveitada em todas estas áreas designadas de interior".
António Costa falava no ponto mais central de Portugal, numa ação que constituiu mais um "ponto de paragem" do seu roteiro pela Estrada Nacional (EN) 2, maior estrada nacional, que liga Faro a Chaves.
O líder socialista deu como exemplo de "áreas de oportunidade", além do "desenvolvimento do turismo", a "valorização de todos os recursos naturais, sejam as águas termais, os recursos minerais, como a sua beleza paisagística", a par da atração nestes territórios de investimentos "altamente qualificados e criadores de emprego bem remunerados", tendo exemplificado com o "’cluster’ aeronáutico" em Ponte de Sor, onde esteve esta manhã, ou ainda os exemplos no Fundão e Proença-a-Nova.
"Temos de prosseguir a reforma da floresta iniciada em 2016 e que agora, com o regime de cadastro simplificado alargado a todo o país, vai-nos permitir nos próximos quatro anos dar um avanço muito significativo, a exemplo do que já fizemos nos 11 concelhos atingidos pelos fatídicos incêndios de 17 de junho de 2017", afirmou, tendo feito notar que este "é um dos grandes desafios estratégicos" do país.
"A reforma da floresta tem de continuar a ser uma grande prioridade da próxima legislatura e do futuro do nosso país", concluiu.
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