A Iniciativa Liberal, declarou o candidato, "pretende impor-se, pretende demonstrar que a omnipresença do Estado na vida dos cidadãos é mais perniciosa do que benéfica, pretende eleger dois deputados ao parlamento da Região Autónoma dos Açores”.
Barata é o cabeça de lista do partido pelos círculos de São Miguel e Compensação, enquanto pela ilha Terceira o cabeça de lista é José Luís Parreira.
O candidato falava hoje à saída do Tribunal de Ponta Delgada, onde entregou as listas de candidatos às eleições legislativas regionais de 25 de outubro pelos círculos eleitorais de São Miguel e da Compensação.
Nuno Barata salientou que “se não for possível” a eleição dos dois parlamentares, o partido pretende “pelo menos” eleger um pelo círculo de Compensação.
O candidato referiu que o partido pretende “ocupar um espaço que está por ocupar no parlamento” regional, um “espaço de luta pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos” e “de permanente alerta e escrutínio da ação do Governo Regional”, socialista.
“Temos feito sempre o mesmo ao longo dos últimos 24 anos e os resultados estão à vista. Basta olhar para as estatísticas de 2019, pré-covid. Já éramos os mais pobres da Europa, com o abandono escolar precoce maior de Portugal”, afirmou.
O gestor portuário salientou que é preciso "libertar" o cidadão da "demasiada burocracia", quer quando este empreende, quer quando pensa.
Nuno Barata referiu ser necessário “dar mais espaço aos cidadãos para expressarem o seu pensamento”, dando como o exemplo o caso dos jovens açorianos que saem da região para estudar e não regressam.
“Não regressam porque muitas vezes o pensamento único que é vendido através do poder instituído não permite que os cidadãos que vão abrir horizontes para fora depois venham fazer coisas diferentes aqui, porque a burocracia está feita para se fazer sempre o mesmo”, apontou.
Nuno Barata, que foi deputado do CDS no parlamento regional de 1996 a 2000, disse também ser agora candidato pela Iniciativa Liberal por se tratar de um “projeto diferente”, que abre uma “porta mais liberal” e que permite “fazer de forma diferente para obter resultados diferentes”.
As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.
Nas eleições regionais açorianas existem nove círculos eleitorais, um por cada ilha, mais um círculo regional de Compensação que reúne os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
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