“Os caçadores furtivos estão a matar elefantes de todas as idades, exterminando famílias e não dando oportunidades para as crias e jovens reproduzirem, o que tem contribuído para o rápido declínio da espécie”, declarou o administrador da ANAC, Baldeu Chande, citado hoje pelo diário Notícias.
Entre 2011 e 2015, a reserva perdeu sete mil elefantes, o correspondente a uma média de 140 animais desta espécie abatidos por ano, indicam dados da ANAC.
A Reserva do Niassa tem uma área de 42 mil metros quadrados e o seu ecossistema tem capacidades para 20 mil elefantes.
Além do elefante, várias outras espécies de animais correm risco de extinção na reserva, que faz fronteira com a Tanzânia, país que, como Moçambique, está entre as 22 nações mais envolvidos no comércio de marfim, segundo a Organização das Nações Unidas.
Moçambique perdeu 48% da população de elefantes entre 2012 e 2016 e pode ser banido do comércio internacional de derivados da espécie, devido à falta de clareza na gestão dos animais, indicava um relatório do Departamento de Fiscalização e Combate à Caça Furtiva na ANAC divulgado em 2016.
Em média, segundo os dados, dois mil animais desta espécie são abatidos por ano.
Além da localização de Moçambique nas proximidades dos países considerados como centros da caça furtiva, a pobreza das populações locais e o crescimento do mercado internacional de venda de marfim são apontadas como as principais causas da matança de animais no país.
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