Cinco novos casos foram registados em Mabalako-Mangina, perto de Béni, o epicentro da epidemia que está a afetar a província do Kivu-Norte, segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, hoje à noite divulgado.
“No total, 96 casos de febre hemorrágica foram identificados na região, 69 dos quais confirmados e 27 prováveis”, precisou a Direção-Geral de Luta contra a Doença.
“O Ministério da Saúde decretou a gratuitidade dos cuidados de saúde nas três zonas sanitárias mais atingidas pela epidemia, a saber Mabalako, Oicha e Béni”, lê-se no seu boletim diário sobre o acompanhamento da epidemia.
Segundo o médico responsável pela coordenação da resposta à doença, Bathé Ndjoloko Tambwe, “trata-se de quebrar a barreira financeira que poderia impedir a população de se deslocar ao centro de saúde”.
O rendimento médio dos cerca de 80 milhões de congoleses é estimado em 1,25 dólares (um euro) por dia.
A Direção-Geral de Luta contra a Doença tinha revisto em baixa o número de “contactos” com o vírus acompanhados pelos médicos, de 2.157 para 1.609, após investigações dos epidemiologistas.
O novo foco de epidemia foi declarado a 01 de agosto em Mangina, na província do Kivu-Norte.
Uma vacinação específica está a ser utilizada, tal como na última epidemia que atingiu a província do Equador, no noroeste do país, e cujo fim foi anunciado a 24 de julho (33 mortos num total de 54 casos).
“Desde o início da vacinação, a 8 de agosto de 2018, foram inoculadas 1.273 pessoas”, precisou hoje o Ministério da Saúde.
As equipas médicas “começaram a utilizar a molécula terapêutica Mab114 no âmbito do tratamento dos doentes” em Béni e em Mangina, epicentro da epidemia, segundo o Ministério.
A RDCongo (ex-Zaire) foi palco de dez epidemias de Ébola desde 1976, mas esta é a primeira vez que o vírus ataca numa zona de conflito armado, densamente povoada e com grandes movimentos de população.
Comentários