Recorrendo à rede social Twitter, Trump indicou, segunda-feira à noite, que os serviços de imigração vão começar, na próxima semana, “o processo de repatriar milhões de imigrantes ilegais que entraram ilicitamente nos Estados Unidos”.
“Vão ser expulsos tão rápido como entram”, escreveu.
Um funcionário do Governo explicou, sob anonimato, que o esforço vai ser concentrado em mais de um milhão de pessoas que receberam ordens finais de deportação por parte de juízes federais, mas que permanecem em liberdade no país.
É pouco habitual as agências policiais anunciem estas rusgas antes que elas ocorram. Na administração de Trump há quem acredite que mostras de força — como detenções em massa -, podem servir como ‘travões’, enviando uma mensagem aos que consideram a possibilidade de entrar ilegalmente no país.
O presidente norte-americano ameaçou também uma série de decisões drásticas para conter o fluxo de migrantes da América Central que tentam atravessar a fronteira no sul do país. Recentemente, deixou cair a ameaça de impor tarifas alfandegárias ao México, depois do país ter concordado em enviar a guarda nacional para a fronteira e intensificar os esforços de coordenação e fiscalização.
Um alto funcionário mexicano disse, na segunda-feira, que há três semanas o número de migrantes na fronteira com os Estados Unidos era de 4.200, enquanto agora esse número baixou para 2.600.
A imigração foi um tema central para a eleição de Donald Trump em 2016, e espera-se que o Presidente use esse tema enquanto abre caminho para a campanha de 2020.
Trump vai lançar hoje formalmente a sua candidatura à reeleição, durante um comício em Orlando, na Florida, um estado crucial para a reentrada na Casa Branca.
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