O Presidente cipriota grego Nikos Anastasiades e o líder da comunidade cipriota turca Mustafa Akinci estão envolvidos desde maio de 2015 em conservações definidas com uma última oportunidade para a reunificação da ilha, dividida há mais de 40 anos.
Estes esforços foram interrompidos em fevereiro após um voto do parlamento cipriota grego que introduziu nas escolas a comemoração de um referendo de 1950 que sugeria para unificação com a Grécia, uma opção desde sempre rejeitada pela comunidade turcófona da ilha, minoritária.
Na sexta-feira, e após um agitado debate no parlamento de Chipre (a “parte grega” da ilha internacionalmente reconhecida e Estado-membro da União Europeia), uma maioria de deputados anulou a controversa lei sobre a celebração do referendo, num novo sinal de desanuviamento.
A ilha garantiu a independência em 1960, sob a alçada de três “potências garantes”: Grécia, Turquia e Reino Unido.
Chipre permanece dividido desde 1974, na sequência da invasão militar turca de julho e agosto em resposta a um fracassado golpe de Estado ultranacionalista fomentado pela junta militar no poder em Atenas e que pretendia a união de Chipre à Grécia.
Os dirigentes cipriotas turcos, que controlam a parte norte da ilha (cerca de um terço do território), anunciaram em 1983 a criação da República Turca de Chipre do Norte (RTCN), apenas reconhecida por Ancara.
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