A escassos metros da Casa Branca, umas grandes letras amarelas no solo com o nome do movimento “Black Lives Matter” (As Vidas Negras Importam) assinalavam o assassínio em 2020 do afro-americano George Floyd por polícias brancos em Minneapolis, o que desencadeou os maiores protestos antirracistas nos EUA desde há décadas.
Esta semana, as equipas de trabalho começaram a remover o mural de rua de Washington, depois de um projeto de lei republicano que visava o mural ter ameaçado o financiamento da cidade. A praça vai também mudar de nome.
A decisão de acabar com o registo, cujos trabalhos para a remoção começaram a 10 de março, chega depois de os congressistas republicanos terem apresentado uma lei contra esta homenagem, em que chantagearam a autarca da capital, a democrata Muriel Bowser, com o sirte de fundos federais para o Distrito de Columbia, que inclui a capital, se não mudasse o nome do local.
A proposta foi assinada pelo republicano Andrew Clyde, eleito pelo Estadio da Geórgia, na Câmara dos Representantes.
A autarca reagiu nas redes sociais com um comunicado, em que anunciou que a praça vai mudar no contexto da celebração dos 250 anos da cidade, que se cumprem no próximo ano.
“Este mural inspirou milhões de pessoas e ajudou a nossa cidade a atravessar um período muito doloroso, mas agora não nos podemos distrair com ingerências sem sentido por parte do Congresso”, escreveu Bowser. “O impacto devastador dos cortes nos empregos federais deve ser a nossa primeira preocupação”, acrescentou.
Este é o exemplo mais recente da vontade de Donald Trump retirar da cidade onde vive tudo aquilo que rejeita.
Há umas semanas ordenou a retirada da identificação da sede, também em Washington, da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em Inglês), a maior agência de cooperação governamental do mundo, depois de a te decidido fechar e despedir os seus trabalhadores.
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