Num comunicado divulgado nos ‘media’ estatais na sexta-feira à noite, a administração do Presidente Raul Castro afirmou que o discurso de Trump estava “carregado com retórica hostil que faz lembrar os tempos de confronto aberto”.
O longo comunicado adota, no entanto, um tom conciliatório, dizendo que Cuba quer continuar negociações com os Estados Unidos em diversos temas.
Cuba afirma que “os últimos dois anos mostraram que os dois países podem cooperar e coexistir de forma civilizada”.
Trump denunciou na sexta-feira o acordo com Cuba, promovido pelo seu antecessor, Barack Obama, durante um discurso em Miami, no Estado da Florida, em que criticou o regime cubano, classificando-o como “brutal”.
O Presidente norte-americano justificou a denúncia do acordo por este “não ajudar os cubanos e enriquecer o regime”.
Por outro lado, o ocupante da Casa Branca prometeu: “Agora, que sou Presidente, os EUA vão denunciar os crimes do regime Castro”.
Trump apontou ainda o “sofrimento” dos cubanos “durante cerca de seis décadas”.
Um dos principais negociadores do acordo durante a Presidência Obama, Ben Rhodes, já criticou a decisão de Trump, considerando que devolve a relação bilateral “à prisão do passado” e dá ao castrismo “uma oportunidade” para se reforçar no poder.
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