Pelo menos uma pessoa morreu e 122 ficaram feridas, com dezenas de bombeiros declarados desaparecidos desde que o fogo atingiu um dos oito tanques da instalação, na sexta-feira à noite. Um segundo tanque pegou fogo no sábado, provocando várias explosões.
“O risco que tínhamos anunciado confirmou-se e o incêndio do segundo tanque comprometeu o terceiro”, disse Mario Sabines, governador da província ocidental de Matanzas, onde a instalação está localizada.
Os bombeiros tinham pulverizado com água os restantes tanques durante o fim de semana para os arrefecer e tentar impedir a propagação do incêndio.
Os Governos do México e da Venezuela enviaram equipas especiais para ajudar a combater o incêndio, uma vez que as autoridades locais avisaram os residentes para usarem máscaras faciais ou ficarem dentro de casa, dado o fumo que envolve a região e que pode ser visto da capital Havana, localizada a mais de 100 quilómetros de distância.
Os funcionários avisaram que a nuvem contém dióxido de enxofre, óxido de azoto, monóxido de carbono e outras substâncias venenosas.
A maioria dos feridos foi tratada por queimaduras e inalação de fumo, e cinco deles permanecem em estado crítico. Durante o fim de semana, as autoridades encontraram o corpo de um bombeiro.
Sabines e o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disseram que era impossível procurar os bombeiros desaparecidos, dadas as altas temperaturas.
O incêndio na Base Supertanker de Matanzas levou as autoridades a retirar mais de 4.900 pessoas, a maioria das quais do bairro vizinho de Dubrocq.
Os oito enormes tanques da instalação contêm petróleo utilizado para gerar eletricidade, não sendo claro quanto combustível foi perdido em resultado das chamas. As autoridades não forneceram uma estimativa preliminar dos danos.
O primeiro tanque a arder continha quase 25.000 metros cúbicos de combustível.
O incêndio ocorre numa altura em que Cuba enfrenta altas temperaturas de verão e atravessa uma profunda crise económica, com frequentes cortes de energia.
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