Uma terceira mutação do vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, foi descoberta no Japão no domingo, necessitando de ser mais mais estudada, de acordo com a OMS, que considera, no seu boletim semanal, tratar-se de “uma variante perturbadora”.
“Quanto mais o vírus SARS-CoV-2 se espalha mais oportunidades ele tem de sofrer uma mutação”, refere a organização com sede em Genebra, ao salientar que os elevados índices de “contaminação significam que se deve esperar o surgimento de mais variantes” do coronavírus.
A variante detetada no Reino Unido foi reportada pela primeira vez à OMS a 14 de dezembro, com os testes efetuados a demonstrarem uma distribuição por idade e sexo semelhante à das outras variantes em circulação, mas uma maior transmissibilidade do vírus.
Já quanto à variante identificada na África do Sul e reportada pela primeira vez a 18 de dezembro à OMS, as investigações preliminares indicam que pode ser “mais transmissível do que as variantes que circulavam anteriormente” neste país.
“Além disso, embora esta nova variante não pareça causar uma forma mais grave da doença, o rápido aumento no número de casos observados colocou os sistemas de saúde sob pressão”, alertou a OMS.
Portugal registou pelo menos 72 casos de contágio pela nova variante do SARS-CoV-2 detetada no Reino Unido, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que os identificou em 28 concelhos.
Na última atualização das análises genéticas ao novo coronavírus, divulgada na terça-feira, o INSA afirma que os dados da nova variante, mais contagiosa, detetada no Reino Unido “apontam para a existência de transmissão comunitária”.
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