A OMS recebeu ainda informações de fontes não oficiais de que a variante B.1.617 foi detetada em mais sete territórios, elevando o total para 60, de acordo com o relatório semanal de atualização epidemiológica da agência de saúde da ONU, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Segundo a OMS, a chamada “variante indiana” manifesta maior transmissibilidade, mas a gravidade dos casos envolvidos ainda está a ser investigada.
Portugal detetou seis casos daquela variante logo no final de abril, todos “associados a Lisboa e Vale do Tejo”, segundo o investigador João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
Na semana passada, o INSA informou que o número de casos associados a esta variante não ultrapassava a dezena, não havendo ainda transmissão comunitária daquela estirpe no território nacional.
A maior transmissibilidade da nova estirpe, detetada em outubro, no oeste da Índia, poderá explicar a explosão do número de infetados no país, a braços com uma segunda vaga. O país já ultrapassou as 300 mil mortes desde o início da pandemia.
A nível mundial, o número de novos casos e de mortes por covid-19 continuou a diminuir na semana passada, com mais de 4,1 milhões de novos casos e 84.000 mortes adicionais, representando decréscimos de 14% e 2%, respetivamente, em relação à semana anterior.
A região europeia registou o maior declínio nas infeções e mortes nos últimos sete dias, seguida do Sudeste Asiático.
O número de casos nas Américas, Mediterrâneo Oriental e regiões africanas é semelhante ao da semana anterior.
“Apesar de uma tendência mundial decrescente ao longo das últimas quatro semanas, os casos de covid-19 e de mortes continuam elevados, com aumentos significativos em muitos países”, alertou no entanto a OMS.
Os números mais elevados de novos casos nos últimos sete dias registaram-se na Índia (1.846.055, menos 23% que na semana anterior), Argentina (213.046, mais 41%), Estados Unidos (188.410, menos 20%) e Colômbia (107.590, menos 7%).
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