Segundo o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, a operação arrancou esta tarde, com o apoio de várias corporações de bombeiros, para levar 31 utentes da instituição infetados com o novo coronavírus para a estrutura de acolhimento criada numa residência universitária.
O presidente do município precisou que o lar situado na periferia de Évora, onde surgiu um surto da doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, tem 32 utentes infetados, referindo que um deles está internado no hospital da cidade.
Pinto de Sá notou que a instituição também tem os proprietários e funcionários infetados, mas entre estes não soube precisar o número exato de casos de infeção.
Quanto aos utentes com teste negativo, adiantou, são “cerca de uma dezena” e deverão ser transferidos nos próximos dias para uma “estrutura não covid”, situada na vila de Mora, para permitir a desinfeção do edifício onde funciona o lar.
Este surto foi detetado, na semana passada, depois de um dos utentes ter sido transportado para o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), por outras razões, onde fez um teste com resultado positivo para o vírus da covid-19.
Este é um dos dois lares de Évora onde foram detetados, na semana passada, surtos de covid-19.
O outro é Lar Nossa Senhora da Visitação, da Santa Casa da Misericórdia de Évora, situado no centro histórico da cidade, que contabiliza 13 utentes e quatro funcionários com covid-19, disse à Lusa o provedor da instituição, Francisco Lopes Figueira.
O responsável realçou que a instituição já pediu às autoridades de saúde e à Segurança Social para que o edifício onde funciona o lar seja evacuado, alegando que o imóvel “não tem condições para fazer separação” dos utentes.
De acordo com o provedor da Misericórdia de Évora, o primeiro caso de covid-19 neste lar, o de um funcionário, foi detetado no dia 22 deste mês, na sequência dos testes que são feitos regularmente na instituição.
Posteriormente, foram feitos testes aos 24 residentes e aos outros trabalhadores, o que permitiu identificar os restantes casos de infeção, assinalou.
Lopes Figueira notou que alguns utentes infetados “não têm sintomas significativos” da doença e que outros estão assintomáticos.
“Aguentámos 10 meses e resistimos até onde foi possível, mas os contactos e os contágios são tantos que não conseguimos resistir e a covid-19 entrou na instituição. Agora, é gerir os danos o melhor possível”, sublinhou.
No concelho de Évora, de acordo com o mais recente relatório da situação epidemiológica, divulgado na quarta-feira pelo município, existem 988 casos ativos.
Até à data e desde o início da pandemia, este concelho já registou 1.531 casos de covid-19, sendo que, além das 988 infeções ativas, há a contabilizar 533 recuperados e 10 óbitos.
Portugal contabiliza pelo menos 6.830 mortos associados à covid-19 em 413.678 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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