Em declarações à agência Lusa, Marco Martins revelou ter o compromisso da SS de que está em curso “através da rede da Cruz Vermelha [Portuguesa] a contratação seis funcionários para o lar”.
O autarca acrescentou que os responsáveis pela residência sénior onde já foi registado um óbito devido ao novo coronavírus e onde 21 idosos e oito funcionários testaram positivo “também já contactaram empresas de trabalho temporário” e que “o Centro de Emprego está a fazer um esforço muito grande”.
“Esta manhã a SS garantiu à câmara de Gondomar que iria assumir no imediato a contratação de pessoal para cuidar dos idosos e temos conhecimento de outros esforços. Mas é muito difícil porque não existem pessoas disponíveis. O lar também já conseguiu resolver a situação das refeições e do serviço de lavandaria, contratando fora”, descreveu Marco Martins.
O autarca considerou a situação “estabilizada” e garantiu que “a autarquia tem estado a par do estado de saúde dos idosos”, apontando saber que estes se têm mantido “estáveis” e “sem qualquer agravamento”.
De acordo com a câmara, os idosos mantêm-se na habitação, estando isolados e separados por “utentes infetados” e “utentes não infetados”, uma vez que foi considerado pela delegação de saúde de Gondomar que “o regresso às famílias poderia gerar maiores riscos de contágio”.
Marco Martins também avançou que a de delegação de saúde “já contactou e está a acompanhar os funcionários do lar, tendo criado condições para que cumpram isolamento profilático”.
Vinte e um utentes e oito funcionários do lar Paródias e Ternuras, em Gondomar, testaram positivo à covid-19 depois de na sexta-feira à noite ter sido detetado o surto, havendo mais nove utentes que testaram negativo.
Um idoso de 90 anos, que fazia hemodiálise e que faleceu na semana passada, terá estado na origem do surto de covid-19.
Na terça-feira Marco Martins informou ter reunido durante a tarde com "o Serviço Municipal de Proteção Civil, direção do lar, Segurança Social e com a delegação de saúde de Gondomar para definir estratégias e procedimentos".
"A direção do lar deu-nos nota de que já tinha feito a separação física dos positivos e dos negativos, tendo a câmara agilizado contactos entre o Centro de Emprego e o lar para tentar substituir o mais depressa possível os funcionários infetados", disse o autarca.
Marco Martins disse não ter recebido indicação da direção do lar de "sobrelotação", mas a garantia de "que fez a separação dos positivos dos negativos".
"O lar indicou-nos que tem o seu processo de licenciamento em curso", acrescentou de um equipamento que até à morte do idoso tinha 30 utentes.
A Lusa, no local, tentou uma reação dos proprietários do lar, mas não foi possível.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 936 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.878 em Portugal.
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