Desde 03 de maio, quando 10.633 novos casos foram identificados, o país registou todos os dias mais de 10.000 casos adicionais.
A mortalidade permanece baixa em comparação com outros países, com 2.305 vítimas registadas oficialmente (53.530 recuperados).
A doença não poupou as elites políticas russas. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, anunciou esta semana que estava infetado e hospitalizado com “pneumonia dupla” devido à covid-2019.
Antes dele, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, anunciou que estava infetado em 30 de abril, e outros dois ministros também foram infetados pelo vírus.
Mais de metade dos casos, 130.716, foram identificados em Moscovo, onde o confinamento quase geral, em vigor desde o final de março, foi prorrogado até 31 de maio.
Também em março, o Governo ordenou o confinamento de viajantes dos países afetados, bem como populações em risco, e reorganizou o seu sistema hospitalar.
Afetada após a Europa Ocidental, a Rússia garante que sua baixa mortalidade se deve principalmente às medidas preventivas, como a triagem em massa para isolar casos suspeitos.
Os críticos, no entanto, julgam a mortalidade subestimada, suspeitando que as autoridades atribuam outras causas às mortes de pacientes de covid-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.175 pessoas das 28.132 confirmadas como infetadas, e há 3.182 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,86 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (111 mil contra 160 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
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