Sunak, que foi ministro das Finanças durante a pandemia, pediu desculpa a “todos aqueles que sofreram de diferentes formas durante a pandemia em resultado das medidas que foram tomadas” e realçou que “é importante aprender lições para que possamos estar melhor preparados para o futuro”.
O chefe do Governo recordou que a sua função como ministro das Finanças era “garantir que o primeiro-ministro (Boris Johnson) tinha os melhores conselhos, informações e análises possíveis sobre o impacto económico ou as consequências de algumas das decisões que tinha de tomar”.
Durante a crise, viu mais Johnson do que a própria mulher e referiu que os dois “trabalharam em estreita colaboração”.
Rishi Sunak, que foi ministro das Finanças durante a pandemia, foi questionado alguns dias depois do antecessor, que pediu desculpa às famílias das vítimas e admitiu que deveria ter percebido a gravidade da crise “muito mais cedo”.
Outros membros do Governo e assessores mencionaram a alegada relutância de Sunak em impor restrições durante a pandemia e sobre as críticas ao papel dos cientistas durante a crise sanitária.
Mas, desde o início, Sunak insistiu que era Boris Johnson quem tomava as decisões e que o seu papel como ministro das Finanças era fornecer informações sobre as consequências económicas das medidas previstas, recuando qualquer “choque entre a saúde pública e a economia”.
“Houve uma série de repercussões, muitas repercussões socioeconómicas, na educação, na saúde mental, na justiça, para além das repercussões puramente económicas”, insistiu, considerando que era importante que os poderes públicos as examinassem todas.
Rishi Sunak deverá responder na parte da tarde sobre as circunstâncias em que foi lançado o programa “Comer fora para ajudar” [Eat out to help out], lançado no verão de 2020 para incentivar os britânicos a voltarem aos restaurantes e pelo qual foi criticado.
Alguns cientistas afirmaram à comissão de inquérito que terá contribuído para a dimensão da segunda vaga da epidemia no outono de 2020.
Mais de 230.000 pessoas morreram no Reino Unido em consequência da pandemia e o inquérito está atualmente a analisar a governação e a gestão política durante o surto do vírus.
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