A medida entra em vigor esta quarta-feira às 09:00 e prolonga-se durante duas semanas, embora seja alvo de revisões semanais, disse em conferência de imprensa a porta-voz do Governo, María Jesús Montero, depois do Conselho de Ministros.
A decisão é tomada depois de várias comunidades autónomas espanholas, que têm competência no setor da saúde, terem pedido para restringir ao máximo os voos com o Brasil e a África do Sul, para “evitar que o vírus volte a entrar em Madrid-Barajas”, o aeroporto internacional de Madrid.
Os únicos voos que são permitidos são os de repatriamento de cidadãos espanhóis ou de pessoas residentes no país ou passageiros que façam uma escala de menos de 24 horas, e que não saiam da zona de trânsito do aeroporto, com destino a outros países fora do espaço Schengen.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) há algumas semanas que pede para “evitar viagens não essenciais”, a pensar sobretudo nas variantes da covid-19 detetadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul.
Com esta medida, Espanha segue a decisão tomada por outros países, como Portugal.
O Governo português anunciou na semana passada a limitação das deslocações para o exterior de cidadãos nacionais por via aérea, terrestre ou fluvial, salvo situações excecionais, destinando-se a medida a reduzir os contactos e a conter a epidemia de covid-19.
“Tal como já tínhamos limitado os voos do Reino Unido e tal como suspendemos os voos nas ligações ao Brasil, iremos contribuir para a decisão europeia que limita voos entre áreas de risco em toda a União Europeia”, disse então o ministro da Administração Interna.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 12.757 pessoas dos 726.321 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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