António Costa falava em conferência de imprensa conjunta com a homóloga alemã, no Palácio Foz, em Lisboa, após uma reunião bilateral, que encerrou uma visita de dois dias da chanceler alemã a Portugal, na sequência de um convite formulado pelo primeiro-ministro.
Questionado sobre a atual crise política em Itália, António Costa sublinhou que situações como estas têm demonstrado como todos na Europa são "indiretamente atingidos sempre que, em cada um dos nossos países, há um problema específico".
"Isso reforça a necessidade de termos mecanismos de estabilização que evitem e previnam qualquer crise resultante de fatores políticos nacionais", apelou.
Em Itália, o partidos populistas Movimento 5 Estrelas (esquerda) e a Liga (direita) apresentaram um nome para primeiro-ministro que recuou depois de o Presidente ter chumbado a escolha de um economista eurocético para o Ministério das Finanças. Na sequência desse impasse, o Presidente italiano, Sergio Mattarella, nomeou para primeiro-ministro um economista sem ligações a nenhum partido com assento parlamentar, que deverá liderar o país até novas eleições.
A crise italiana, para Costa, é também a prova que quando não se responde "atempadamente aos fatores de crise" se geram fenómenos indesejáveis como "populismo, extremismo, radicalismo e nacionalismo".
"A Europa deve responder depressa de forma a evitar e a prevenir situações dessa natureza", defendeu,
Já a chanceler alemã preferiu não "especular" sobre esta crise, afirmando esperar pela formação do novo Governo.
"Iremos falar com o novo Governo italiano e faremos tudo para que haja uma boa cooperação", disse, declarando querer abordar a situação "de forma construtiva".
"A Alemanha tudo fará para alcançar uma boa solução".
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