Segundo constatou a agência Lusa no local, pelas 12:30, sete camiões cisterna abandonaram as instalações da CLS, escoltados por militares da GNR.

A saída destes camiões foi assinalada com aplausos por parte de duas dezenas de manifestantes, que se concentram debaixo de um viaduto da Estrada Nacional 366, para se abrigarem da chuva.

Dentro das instalações encontram-se mais uma dezena de camiões a reabastecer.

Os serviços mínimos decretados por causa da greve dos motoristas de matérias perigosas abrangem 40% das operações normais de abastecimento de combustíveis aos postos da Grande Lisboa e Grande Porto e o normal abastecimento de combustíveis aos hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos e aeroportos.

De acordo com o despacho que declara a situação de alerta para o período compreendido entre o dia 16 de abril e o dia 21 de abril, os serviços mínimos abrangem igualmente 30% das operações no transporte de granel, brancos e gás embalado.

Está também abrangido o transporte de cargas necessárias nas refinarias e parques, na CLT e na CLC (Companhia Logística de Combustíveis), “nos casos em que a acumulação de 'stocks' de produtos refinados imponha o funcionamento das unidades em regimes abaixo dos respetivos mínimos técnicos”, assim como o transporte “estritamente indispensável às restantes unidades e instalações dos sistemas industriais das áreas de Sines e de Matosinhos associados às refinarias da Petrogal”.

Para garantir as operações abrangidas nestes serviços mínimos, o despacho declara a situação de alerta até às 23:59 do dia 21 de abril para a globalidade do território de Portugal continental.

Minutos antes da saída dos sete camiões cisterna, o antigo deputado social-democrata Pacheco Pereira esteve no local do protesto para cumprimentar os manifestantes, escusando-se a prestar declarações aos jornalistas presentes.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.