Em declarações à agência Lusa, Aníbal Martins, da direção regional de Coimbra do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STALR), afeto à CGTP, disse que a greve "vai afetar a Passagem de Ano" e justifica-a com a situação laboral dos trabalhadores da divisão de Ambiente da Câmara Municipal.
Numa nota de imprensa, o sindicato adianta que os trabalhadores reclamam o pagamento de 3,5 horas semanais "feitas a mais" durante seis anos (desde 2007 a 2012) e o gozo de dias de folga "acumulados desde 2004" e que a Câmara Municipal de Coimbra "insiste em reter, não lhe reconhecendo o legitimo direito".
O STALR exige ainda a manutenção do serviço público de recolha de resíduos urbanos e a "contratação de mais trabalhadores e aquisição de viaturas e equipamento de trabalho", o direito à marcação de férias "de forma igual para todos os trabalhadores" e manifesta-se contra "a diminuição do número de dias de férias para os trabalhadores por turnos".
A paralisação, que começa às 00:00 de sexta-feira, dia 30 e termina às 24:00 de segunda-feira, 02 de janeiro, é ainda justificada pela melhoria das condições de higiene e segurança no local de trabalho, melhor e mais fardamento, melhoria dos balneários e consequentes meios de apoio à laboração daqueles serviços camarários.
No comunicado, o STALR culpa a anterior gestão camarária da coligação PSD/CDS-PP pelo "grave problema" que afeta os trabalhadores de recolha de resíduos sólidos, mas também o atual executivo socialista que "manteve e alimentou este problema".
O sindicato alega ainda que a autarquia liderada por Manuel Machado (PS) recorreu de uma sentença judicial favorável aos trabalhadores, "negando aquilo que disse na oposição e na campanha eleitoral, que deveriam ser repostos os direitos" dos funcionários daquele serviço.
Lembra ainda que os trabalhadores promoveram "várias ações de luta reivindicativa à porta da autarquia", uma greve de quatro dias em 2014 e deslocações à Assembleia Municipal, entre outros protestos, sem resultados.
"Nestes últimos anos têm-se acentuado as saídas de trabalhadores através de reformas e por outros motivos, sendo hoje insuficientes para a recolha e limpeza da cidade", argumenta.
Para sexta-feira, primeiro dia de greve, está agendada uma concentração de trabalhadores em frente aos serviços municipais de higiene e limpeza, a partir das 08:00 e uma conferência de imprensa, no mesmo local, às 09:30.
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