Esta iniciativa ecuménica, que envolve o Conselho das Igrejas Cristãs em França, foi lançada no seguimento da cimeira que conduziu ao Acordo de Paris, no final de 2015, de combate às alterações climáticas. Mas também, no lado católico, a aproveitar a encíclica ‘Laudato si’ publicada alguns meses antes pelo papa Francisco, que fez da “ecologia integral” um assunto forte do seu pontificado.
“A etiqueta Igreja Verde dirige-se às comunidades cristãs (paróquias, igrejas locais, movimentos, mosteiros,…) que querem envolver-se no cuidado da criação”, explicaram os seus promotores no sítio da internet egliseverte.org, lançado por ocasião da “semana da oração pela unidade dos cristãos”, que decorre entre 18 e 25 de janeiro.
Cada comunidade é convidada a preencher no sítio um eco diagnóstico, que inclui uma centena de questões ,permitindo ao grupo situar as suas práticas no caminho da “conversão ecológica”.
Algumas das questões são ‘há sensibilização para o respeito da criação nos cursos de catecismo?’, ‘a eletricidade que alimenta o templo provém de energias renováveis?’ ou ‘o secretariado da paróquia reduziu o seu recurso ao papel?’. Também os indicadores controlados são variados.
Em função das respostas ao questionário, uma quinzena de comunidades em França já foram etiquetadas “Igreja Verde”, em graus diversos, e outras tantas estão em vias de o ser, disse a animadora do projeto, Laura Morosini, à agência AFP.
“A ideia é etiquetar um compromisso, encorajar as pessoas a entrarem na iniciativa, por ações, mesmo que pequenas”, sublinhou, considerando “prematuro” quantificar o impacto do dispositivo em termos de poupança de energia.
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