Por todo o mundo, 2020 foi um dos dois anos mais quentes desde que há registos, a par com 2016, mas foi mais ainda mais quente na Europa, onde a temperatura média ultrapassou 0,4 graus a temperatura média dos cinco anos mais quentes, todos registados na última décadas.

No inverno, a temperatura foi 1,4 graus superior ao recorde anterior e 3,4 graus superior à média dos invernos entre 1981-2010.

O aquecimento foi especialmente notável no nordeste do continente europeu, sobretudo nas zonas árticas da Sibéria, onde o ano passado foi o mais quente de sempre, com uma temperatura 4,3 graus acima da média.

Em todo o Ártico, 2020 foi o segundo mais quente já registado, 2,2 graus acima da média de 1981-2010.

“Foi de longe o ano mais quente na Sibéria ártica, um ano espetacular”, afirmou em conferência de imprensa a principal autora do relatória, Freja Vamborg.

Em outros pontos do continente europeu, as ondas de calor de verão foram menos intensas e longas que em anos anteriores, mas o outono foi especialmente húmido e marcado por um fenómeno meteorológico excecional, a tempestade Alex, que fustigou a partir de outubro a Grã-Bretanha e o sul dos Alpes, provocando dez mortes em França.

As concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera, sobretudo dióxido de carbono e metano, aumentaram 0,6 e 0,8%, respetivamente, chegando aos níveis mais alto desde 2003, quando começou a haver medições por satélite.