O ciclone Fani, que chegou na sexta feira ao leste Índia, é considerado pelas autoridades como a pior tempestade das últimas duas décadas a atingir aquela região do sul da Ásia.
A tempestade começou por atingir na sexta-feira o estado indiano de Odisha, arrancando árvores e postes elétricos e destruindo as tradicionais cabanas com tetos de palha.
Durante o dia de hoje, o Fani atravessou o estado indiano de Bengala e dirigiu-se para nordeste, em direção ao Bangladesh, tendo, segundo as autoridades, vindo a perder força e a transformar-se numa tempestade ciclónica.
Segundo as televisões e jornais do Bangladesh, citadas pela agência Associated Press (AP), o ciclone Fani já fez, pelo menos, seis vítimas mortais na zona sudoeste do país.
Na Índia, onde já mais de um milhão de pessoas foram retiradas, das zonas mais baixas, existe um registo de pelo menos três mortos, segundo o responsável da Força Nacional de Resposta a Desastres da Índia.
De acordo com um jornal indiano, as vítimas são um adolescente e duas mulheres.
As autoridades referem que as quebras generalizadas de energia e o bloqueio de estradas, originada pela queda de árvores e de postes elétricos, estão a dificultar a circulação na área atingida pelo ciclone.
De acordo com Mohammad Heidarzadei, um especialista em ciclones, da Universidade de Londres, o ciclone Fani atingiu rajadas de vento na ordem dos 250 quilómetros por hora, o equivalente a um furacão de categoria quatro.
“É essencial que as pessoas evitem sair à rua e se refugiem no interior das suas casas”, aconselhou.
O ciclone Fani é a tempestade mais violenta desde 1999, quando um ciclone matou cerca de 10 mil pessoas e devastou grande parte de Odisha.
Em outubro do ano passado, a passagem do ciclone Titli provocou a morte a 60 pessoas no estado de Odisha.
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