“A pressão máxima exercida pelos Estados Unidos sobre o Irão é a fonte da crise nuclear iraniana”, disse Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa.

Em resposta à decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar unilateralmente o seu país do acordo e de restabelecer sanções contra o Irão, Teerão anunciou no domingo que retomaria o enriquecimento de urânio a uma taxa superior a 3,67%, quebrando assim um dos principais compromissos assumidos no acordo nuclear.

A decisão de Teerão coloca ainda mais pressão sobre a China e os países europeus signatários, após a retirada unilateral dos Estados Unidos.

“Os factos revelam que o assédio unilateral está a tornar-se um problema crescente, gerando problemas e crises em todo o mundo”, apontou o porta-voz chinês.

Teerão diz que a decisão de quebrar gradualmente com alguns dos compromissos visa salvar o acordo.

Três países signatários reagiram ao anúncio iraniano, com Londres e Berlim a pedirem a Teerão que reconsidere, e Paris a expressar “grande preocupação”, apelando a que o Irão suspenda todas as atividades que “não respeitem o acordo”.

A decisão de Teerão ocorre numa altura de renovada tensão entre os Estados Unidos e o Irão, aumentando os receios de um conflito na região do Golfo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu no domingo ao Irão que seja “cauteloso”.