A chegada de Kurilla surge numa altura em que Israel prepara a sua resposta ao ataque maciço da República Islâmica do Irão, que será “séria e significativa”, disseram esta tarde as autoridades militares.
Na passada terça-feira, cerca de 180 mísseis balísticos lançados pelo Irão atingiram Israel, num ataque maciço que fez disparar as sirenes antiaéreas em todo o país, obrigou milhões de pessoas a procurar abrigo em poucos minutos e causou uma vítima mortal.
O exército israelita anunciou uma resposta “significativa”, mas não deu pormenores.
O Canal 12, a estação de televisão mais popular de Israel, disse que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, iria realizar consultas adicionais de segurança esta noite para discutir o ataque.
Entre os possíveis alvos da resposta israelita estão instalações petrolíferas iranianas, algo que os EUA têm tentado dissuadir.
“Se eu estivesse no lugar deles, pensaria em alternativas ao ataque aos campos de petróleo”, disse o Presidente dos EUA, Joe Biden, numa conferência de imprensa na sexta-feira.
Após o ataque iraniano de terça-feira, Netanyahu afirmou que o Irão tinha cometido um “grave erro” e que iria “pagar por ele”.
O Irão afirmou que o ataque foi uma resposta à morte do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita, em Beirute, há uma semana, bem como à morte do antigo líder do Hamas, Ismail Haniyeh, num ataque em Teerão que Israel nunca reivindicou ou negou.
A morte de Nasrallah surge no contexto de uma série de bombardeamentos de Israel contra o Líbano, visando o Hezbollah, que nos últimos dias tem afetado o sul do país e o vale de Bekaa, a leste, mas também a capital, Beirute.
Desde o início das hostilidades, os ataques israelitas mataram cerca de 2.000 pessoas e obrigaram 1,2 milhões a fugir das suas casas, principalmente no sul e no leste do país mediterrânico.
Além disso, o ataque do Irão ocorreu horas depois de Israel ter anunciado uma incursão terrestre no sul do Líbano, na qual foram mortos até agora nove militares israelitas e o exército estima que cerca de 400 milicianos do Hezbollah tenham sido mortos.
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