“Material parado, comboio atrasado”, “Não se pode viajar sem comboios a circular”, “Com o Governo a cortar, a CP vai ao ar” e “Pôr o comboio na linha para servir a população” são algumas das palavras de ordem do protesto, que começou cerca das 10:30 com uma concentração no Largo Camões, em Lisboa.

Às 11:20, os manifestantes partiram em direção ao Terreiro do Paço, onde chegaram cerca das 11:50. Quando comunicaram a realização do protesto era aí que se encontrava instalado o gabinete do primeiro-ministro. No entanto, António Costa já regressou a São Bento, depois de concluídas as obras na sua residência oficial.

A manifestação é organizada pela Plataforma para a Defesa do Serviço Público Ferroviário, que integra 13 organizações sindicais, entre as quais a FECTRANS — Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, quatro comissões de trabalhadores e oito organizações de utentes, do Oeste, Sintra, Cascais e Algarve por exemplo.

Uma delegação da Plataforma entregou pouco depois das 12:00 uma declaração conjunta aos elementos da PSP que se encontram junto à entrada do antigo gabinete do primeiro-ministro. No documento, defendem um fórum ferroviário para debater as questões do setor, entre outras.

O setor ferroviário tem sido alvo de várias manifestações e greves nos últimos meses, a último das quais na segunda-feira, com a greve dos trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP — Comboios de Portugal, que fez com que se cumprissem pouco mais do que os serviços mínimos, fazendo-se apenas 387 das 1.352 ligações programadas, segundo a empresa.

O protesto ocorre à mesma hora em que a Comissão de Trabalhadores da CP está a ser ouvida na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República, a requerimento do PCP.