Em declarações aos jornalistas, à entrada para o fórum dos ministros das Finanças da zona euro em Bruxelas, o presidente do Eurogrupo previu uma “reunião longa, mas muito participada”, na qual serão abordados “todos os temas” que têm vindo a ocupar a agenda dos trabalhos no último ano.
“É um debate importantíssimo para a construção europeia. Vamos tomar decisões sobre o reforço do Mecanismo de Estabilidade Europeu como um mecanismo de prevenção e gestão de crises, sobre a união bancária e o sistema de resolução bancária para o tornar mais credível, e vamos discutir temas que tem a ver com a sustentabilidade da dívida na Europa, que é um tema muito importante para a resiliência da economia da área do euro, e as oportunidades de criar um orçamento para a área do euro”, enumerou.
Mário Centeno explicou que a reunião, tida como decisiva para fazer avançar os trabalhos para completar a reforma da zona euro, será o momento de preparar um relatório para apresentar aos líderes europeus na próxima cimeira do euro, agendada para 14 de dezembro.
Da agenda dos trabalhos de hoje, que deverão prolongar-se noite dentro em Bruxelas, consta ainda o debate sobre os pareceres da Comissão Europeia sobre os planos orçamentais dos diferentes países do espaço da moeda única, nomeadamente a questão do orçamento de Itália, ‘chumbado’ por Bruxelas.
“Há um diálogo em curso entre a Comissão e o governo italiano. É assim que tem sido, é assim que deve ser em todas as ocasiões em que divergências em relação ao Pacto de Estabilidade e Crescimento têm acontecido. Vamos ouvir a opinião de todos à volta da mesa, e esperar que aquilo que é a opinião da Comissão e aquilo que é a reação das autoridades italianas possam trazer no futuro uma situação de cumprimento de Itália”, declarou, escusando-se a responder às perguntas dos jornalistas portugueses.
Em 22 de novembro, o executivo comunitário 'chumbou' o plano orçamental de Itália para 2019 e recomendou a abertura de um procedimento por défice excessivo com base na dívida.
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