Numa nota à comunicação social, justifica-se a candidatura com o “crescente entusiasmo” com que a sua moção de estratégia global, intitulada “Liberdade”, tem “recolhido pelo país”.
“A direção de campanha informa que Nuno Correia da Silva será candidato a presidente do CDS-PP”, refere a nota, acrescentando que “em breve será divulgado o calendário de apresentações” pelo país.
Nuno Correia da Silva é vogal da Comissão Política Nacional, ex-vereador na Câmara de Lisboa e foi deputado na VII legislatura, quando Manuel Monteiro liderava o CDS-PP, tendo integrado a sua direção.
Correia da Silva já tinha admitido uma candidatura caso a sua moção de estratégia global fosse a mais votada no Congresso e, com a posição hoje assumida, junta-se aos dois candidatos já assumidos: o eurodeputado Nuno Melo e o dirigente Miguel Matos Chaves.
A apresentação de uma moção de estratégia não implica, segundo os regulamentos e os estatutos do CDS, uma candidatura à liderança. No entanto, "as candidaturas à presidência do partido e à Comissão Política Nacional são apresentadas pelo primeiro subscritor de uma Moção de Estratégia Global", segundo o regulamento do congresso.
Na moção “Liberdade”, Nuno Correia da Silva considera que o CDS-PP “terá de se afirmar autonomamente, marcar as suas fronteiras políticas e o seu território eleitoral” e voltar a adotar a designação Partido Popular.
Correia da Silva tem 55 anos e foi líder da Juventude Centrista, deputado entre 1995 e 1999, e saiu do CDS em 2003 com Manuel Monteiro para o partido Nova Democracia.
Foi cabeça de lista pelo PPM em Lisboa em 2013, tendo regressado ao CDS em 2016.
Assumiu funções de vereador em Lisboa (em resultado da saída de membros eleitos na lista de Assunção Cristas em 2017) e apoiou João Almeida no congresso de 2020, mas aceitou integrar a comissão política liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, tendo sido cabeça de lista por Viseu nas últimas autárquicas.
O 29.º Congresso do CDS-PP vai decorrer nos dias 02 e 03 de abril, em Guimarães, no distrito de Braga.
Na reunião magna vai ser eleito o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu da presidência do partido e não se recandidata, na sequência dos resultados eleitorais nas legislativas de 30 de janeiro, que afastaram o partido da Assembleia da República.
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