De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Le Yucheng, apelidou o caso de “despropositado, irracional e de natureza vil”, alertando ainda o embaixador John McCallum que se o caso não for abandonado haverá “graves consequências”.
Wanzhou Meng, de 46 anos, é filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei. A mulher foi detida no dia 03 de dezembro depois de Washington ter pedido a sua extradição por supostamente ter violado as sanções impostas pelas autoridades norte-americanas contra o Irão.
Os representantes chineses protestaram contra as autoridades norte-americanas e canadianas e exigiram que estas corrigissem o erro imediatamente e devolvessem a liberdade a Wanzhou Meng.
Meng Wanzhou, foi acusada na sexta-feira de fraude, após ter comparecido perante um juiz de Vancouver, no Canadá.
Segundo documentos apresentados na audiência no tribunal de Vancouver, a diretora da Huawei foi detida por suspeita de ter mentido sobre uma filial da empresa, para poder aceder ao mercado iraniano, violando sanções norte-americanas.
O tribunal de Vancouver decretou a sua liberdade condicional, apesar de o advogado representante do Governo canadiano se ter oposto.
As autoridades dos Estados Unidos suspeitam que o grupo chinês exportou produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis.
Este caso acontece numa altura de difíceis entre chineses e norte-americanos, condicionadas pelas negociações comerciais, em plena trégua de 90 dias determinada pelos dirigentes das duas potências.
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