O orçamento do evento aumenta de 730 mil euros, em 2018, para 750 mil este ano.
Regista-se este ano um “aumento de custos com o alargamento do perímetro das limpezas no fim de cada noite e com segurança para revistar os visitantes nas entradas”, disse à agência Lusa César Costa, presidente do conselho de administração da empresa municipal Promotorres, organizadora do evento.
As revistas, assim como o bloqueio das ruas de acesso ao corso com veículos pesados, são medidas preventivas para reforçar a segurança dentro do evento.
O Carnaval tem este ano como tema ‘Made in Portugal’, inspirando-se em tudo o que é tipicamente português, como alude o monumento, que é inaugurado este sábado no centro da cidade, exibindo um enorme galo de Barcelos.
Aí figuram símbolos portugueses, como o aqueduto das águas livres, o tradicional elétrico, ou a figura do Zé Povinho, ao lado dos futebolistas Cristiano Ronaldo e Eusébio, das artistas Joana Vasconcelos, Marisa e Amália Rodrigues, de antigos e atuais políticos nacionais e internacionais, e dirigentes desportivos, todos vítimas da tradicional sátira deste carnaval.
Na inauguração do monumento são esperados vários milhares de pessoas, entre mascarados, representantes de grupos, bombos, ‘cabeçudos’ e ‘zés pereiras’.
Este que é o ‘carnaval mais português de Portugal’ não esquece este ano a música popular portuguesa e apresenta como principal novidade do programa os concertos dos artistas Rosinha e Saul, nas noites de sábado e segunda, num dos quatro palcos ao ar livre.
No dia 01 de março realiza-se de manhã o corso escolar, com cerca de nove mil crianças e jovens das escolas do concelho e, à noite, a entronização dos reis do Carnaval, com Fernando Martins a vestir-se pela primeira vez de rei, depois de um reinado de 12 anos do seu antecessor, Ricardo Miranda.
O Carnaval mantém os habituais corsos diurnos e noturnos, em que desfilam os carros alegóricos, conhecidos pela sátira político-social e milhares de foliões mascarados, muitos dos quais disfarçados de matrafonas (homens mascarados de mulheres), como é típico no concelho.
A organização decidiu este ano reduzir de oito para sete os carros alegóricos, para facilitar a circulação, face à afluência de pessoas nas ruas.
Depois dos corsos, a animação continua madrugada fora ao som de 'djs' nos bares e em palcos instalados em recintos ao ar livre na cidade.
Os festejos atraem por ano cerca de 400 mil visitantes e geram receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local, levando este ano o Ministério da Economia a associar-se ao evento.
A câmara candidatou em 2016 o seu Carnaval a Património Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
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