"Se houver algum solavanco, temos de reagir a esses solavancos como praticamente desde fins de 2016 temos feito", disse à agência Lusa em Londres, indicando disponibilidade para apoiar um novo adiamento.
"Nós sempre dissemos desde o primeiro dia que o Reino Unido, mantendo a sua decisão de saída da União Europeia, entendíamos que o pior dos cenários era uma saída sem acordo. Somos dos estados membros que se tem batido mais pela existência de um acordo com o Reino Unido e os compromissos que é necessário fazer para que esse acordo se faça", afirmou hoje à agência Lusa em Londres.
Lembrando que a UE já negociou dois acordos, um com Theresa May e outro com o atual primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que a UE está a acompanhar o processo a decorrer no parlamento britânico.
"Ainda ontem [domingo] os embaixadores em Bruxelas estiveram reunidos porque nós estamos a fazer a nossa parte relativamente a esse acordo, isto é, a proceder de tal forma que, se a Câmara dos Comuns o vier a aprovar, o Parlamento Europeu o possa ratificar logo a seguir", explicou.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, escreveu no domingo à noite uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, concretizando um pedido de extensão do processo de saída do Reino Unido da UE, de acordo com o que estava determinado na lei.
O pedido foi feito porque uma votação ao acordo foi retirada no sábado devido à aprovação de uma emenda que suspenderia o seu efeito até à aprovação da respetiva legislação e que ainda não foi submetida aos deputados.
A carta, não assinada, foi acompanhada por uma outra missiva na qual afirma não considerar benéfico adiar o "divórcio" britânico para além de 31 de outubro.
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