Este dado foi transmitido por Augusto Santos Silva aos jornalistas, adiantando que, na segunda-feira, se desloca a Londres, onde se reunirá com o ministro britânico para o ‘Brexit’, Stephen Barclay, visitando depois o Consulado de Portugal na capital britânica.

"A situação dos portugueses residentes no Reino Unido é agora muito melhor e estamos relativamente tranquilos. Neste momento, já ultrapassaram os 162 mil o número de portugueses que, residindo no Reino Unido, se registaram nos mecanismos de regularização que as autoridades britânicas puseram em marcha", declarou o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros no final da reunião da concertação social.

Segundo Santos Silva, "162 mil significa que já foi ultrapassada a metade do total de portugueses que residem no Reino Unido, que se estima na ordem dos 300 mil".

"E recordo que as pessoas têm até ao final do próximo ano para proceder à regularização", completou.

Perante os jornalistas, o ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu também que foram introduzidas melhorias ao nível de atendimentos dos cidadãos portugueses nos consulados do Reino Unido.

Nos consulados de Londres e de Manchester, segundo Augusto Santos Silva, "os tempos de espera foram muito reduzidos em função dos reforços efetuados".

"Situações urgentes são tratadas de imediato e situações não urgentes são tratadas no prazo de uma semana em Manchester e de um mês em Londres", especificou.

Quanto ao fluxo turístico britânico para Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que entraram já em funções "cem novos inspetores estagiários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)".

Por outro lado, em relação às empresas exportadoras para o Reino Unido, cerca de três mil, Augusto Santos Silva afirmou que "já foram contactadas" por vários departamentos estatais nacionais.

"Devem estar preparadas para todos os cenários no próximo dia 31 de outubro, incluindo a possibilidade de não haver acordo. Estamos a trabalhar para evitar que haja qualquer interrupção no fornecimento de produtos portugueses para o mercado britânico, com especial atenção aos produtos perecíveis, (vegetais, horto-fruticultura), mas também ao setor farmacêutico", acrescentou.