A decisão, publicada hoje no Diário Oficial da União, não tem relação direta com o desaparecimento do ativista indígena brasileiro Bruno Araujo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do The Guardian, enquanto realizavam uma investigação no Vale do Javari.
A Força Nacional atuará por 90 dias em regiões dos rios Negro e Solimões que se tornaram uma das principais rotas do tráfico internacional de drogas e crimes ambientais, como pesca, caça furtiva e mineração ilegal.
O estado do Amazonas tornou-se uma porta de entrada para as drogas da Colômbia e do Peru, o que aumentou a criminalidade na região e colocou em risco centenas de etnias indígenas que vivem nesse estado.
Os riscos e pressões a que os indígenas estão sujeitos foi um dos objetos de pesquisa de Dom Phillips, que esteve junto com Bruno Araújo Pereira, um dos principais indigenistas do Brasil e os maiores conhecedores da região do Vale do Javari, onde se concentra o maior número de indígenas isolados do mundo.
Ambos estão desaparecidos desde a manhã de domingo, quando deveriam ter retornado à cidade de Atalaia do Norte após visitar várias comunidades ribeirinhas da região.
A polícia prendeu um homem de 41 anos que pode estar relacionado com o desaparecimento e está investigando a presença de manchas de sangue em seu barco, embora não descartem que possam ser de um animal.
À medida que as autoridades continuam suas investigações, a pressão internacional continua aumentando para que o Governo brasileiro redobre os esforços na busca por Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira.
A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou hoje a falta de informações sobre o desaparecimento e criticou a resposta “extremamente lenta” do Governo liderado pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
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