Um total de 38 pessoas, entre diplomatas, adiados militares e funcionários das repartições consulares brasileiras e familiares, regressaram, na sexta-feira, ao Brasil, indicou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, em comunicado.
Outros 12 brasileiros viajaram no mesmo voo da Força Aérea Brasileira, proveniente de Caracas, acrescentou.
No início de março, o Governo brasileiro já tinha mandado regressar toda a equipa diplomática, pedindo também a Caracas que retirasse os diplomatas do Brasil no prazo de 60 dias.
As relações entre Brasil e Venezuela deterioraram-se na sequência da destituição da antiga Presidente brasileira Dilma Rousseff, em 2016.
No Governo do ex-Presidente Michel Temer, que substituiu Rousseff na liderança do Brasil durante o processo de destituição até as eleições realizadas em 2018, o país impulsionou a suspensão da Venezuela do Mercosul, em agosto de 2017.
O atual chefe de Estado do Brasil, Jair Bolsonaro, mantém uma relação de antagonismo com o Governo de Nicolás Maduro e apoiou o opositor e presidente da Assembleia Nacional venezuelana Juan Guaidó.
Em fevereiro, Maduro acusou o homólogo brasileiro de querer um “conflito armado” entre os dois países, após o ataque a um posto militar no estado venezuelano de Bolívar, na fronteira com o Brasil, no final do ano passado, perpetrado por um grupo de desertores venezuelanos.
Brasil, Colômbia e Peru estão entre os 60 países que defendem a demissão de Maduro e reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
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