“Os Talibã não cumpriram nenhum dos seus compromissos”, disse Borrell num discurso por teleconferência perante o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), sem hesitar em descrever a situação como “miserável” para mulheres e meninas.
Borrell lamentou também que o mundo pareça ter esquecido o que se passa naquele país, mas insistiu que a UE não o esquece.
“Está claro que a situação dos direitos humanos está a piorar [e é por isso que] precisamos de uma pressão internacional sustentada para que reabram totalmente a educação para todas as mulheres e meninas”, apelou Borrell.
“Temos que defender os direitos humanos básicos que não estão a ser respeitados” naquele país, insistiu.
As escolas secundárias para meninas entre 12 e 18 anos foram fechadas desde que os talibãs chegaram ao poder em 15 de agosto do ano passado, enquanto o acesso de estudantes do sexo feminino à escola primária sempre foi permitido.
A reabertura sempre foi um dos principais pedidos da comunidade internacional para reconhecer o Governo dos fundamentalistas, que também impuseram inúmeros obstáculos ao exercício profissional das mulheres em todos os tipos de atividades.
Por seu lado, o embaixador francês na ONU lembrou que a UE continua a manter os seus programas de ajuda humanitária no Afeganistão, mas paralisou tudo o que diz respeito às tarefas de reconstrução enquanto o regime talibã não mostrar sinais de respeito pelos direitos básicos.
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