“Houve uma falha devido a erro humano no acompanhamento do procedimento de calibre do sistema de radar, “o erro de 107 graus”, não permitindo mais observar, de forma correta, a trajetória dos objetos no campo”, indica o relatório publicado no sábado.
A falha “está na origem de uma sequência perigosa [de eventos] e poderia ter sido dominada se outras medidas tivessem sido tomadas”.
De acordo com o documento, apresentado como um “relatório sobre factos” e não como um relatório final de investigação, outros erros ocorreram nos minutos que se seguiram.
Apesar das informações erradas sobre a trajetória da aeronave, o operador do sistema de radar poderia ter identificado o alvo como um avião de passageiros, mas houve “erros de identificação”.
O relatório também refere que o primeiro dos dois mísseis disparados contra o avião foi disparado pelo operador de uma bateria de defesa “sem ter recebido uma resposta do centro de coordenação” do qual ele dependia.
O segundo míssil foi disparado trinta segundos depois, tendo em consideração “a continuidade da trajetória do alvo detetado”, acrescenta-se no relatório.
O avião que efetuava o voo PS-752 da Ukraine International Airlines, de Teerão para Kiev, foi abatido em 8 de janeiro por dois mísseis.
As 176 pessoas a bordo, a maioria das quais iranianas e canadianas, mas também 11 ucranianas (incluindo os nove tripulantes), morreram no desastre.
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