"[Vimos] nos vários concelhos nas mãos do PS claramente aquilo a que estamos a assistir no país: é um partido que apenas pensa em dominar a comunicação, em dominar as mensagens, que fala, fala e nada faz pelas populações, pelas gentes dos nossos concelhos no distrito do Porto", criticou, num jantar que decorreu na freguesia de Lordelo.
Por isso, o eurodeputado - que já disputou a liderança do partido com Passos Coelho - apelou a todos os candidatos, "com a sigla do PSD ou em coligação", que façam do distrito do Porto "um exemplo das tradições autárquicas" do partido, mantendo as câmaras sociais-democratas e conquistando outras aos socialistas.
Se Paulo Rangel disse "estar plenamente confiante" que o PSD vai vencer em Paredes, onde o partido candidata pela primeira vez Rui Moutinho (o atual presidente de Câmara Celso Ferreira atingiu o limite de mandatos), o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, foi mais prudente.
"Quero recordar que as eleições são em democracia a oportunidade em que as pessoas escolhem livremente. Não sabendo qual vai ser o resultado das eleições, eu acredito que Rui Moutinho será o melhor para Paredes", defendeu.
A nível nacional, Passos Coelho classificou como "ambiciosa" a meta colocada pelo PSD para as autárquicas de 01 de outubro, conquistar mais mandatos, mais câmaras e mais juntas de freguesia.
"Essa meta tinha de ser ambiciosa, o PSD é um grande partido em todo o país, um grande partido que governou Portugal e que governou tantas câmaras não podia definir outro objetivo senão ganhar as eleições autárquicas", disse.
O candidato Rui Moutinho apresentou algumas das suas propostas para Paredes, como baixar o Imposto Municipal sobre os Imóveis para a taxa mínima ou devolver em janeiro o dinheiro que os pais gastem com os manuais escolares, mas atacou também os seus adversários.
"É a primeira vez na história da democracia no concelho de Paredes que um partido tem de enfrentar três candidaturas financiadas e alimentadas por uma família de empresários", acusou, dizendo referir-se aos candidatos do PS, CDS-PP e do movimento independente.
O primeiro discurso da noite coube a Ricardo Santos, líder da JSD de Paredes, que confessou até já ter perdido quatro quilos durante a campanha.
"Isto é muito mais que uma história de amor, tem um fim certo", vaticinou.
Em Paredes, concelho do distrito do Porto, candidata-se à presidência da câmara Rui Moutinho, pelo PSD, partido que é poder naquele concelho desde as autárquicas de 1993, Alexandre Almeida, pelo PS, José Miguel Garcez, pelo CDS, Álvaro Pinto, pela CDU, Paulo Teles, pelo BE, e Raquel Moreira da Silva, ex-vereadora do PSD, à frente de uma lista independente designada "Movimento Positivo".
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