Em comunicado, o Governo argentino informou que os bombeiros vão “oferecer apoio e assistência perante a grave situação ambiental provocada pelos incêndios”.
Trata-se de duas centenas de profissionais equipados e que integram o Sistema Nacional para a Gestão Integral do Risco (Sinagir), à disposição de ajudar no que as autoridades brasileiras “considerem necessário”.
A decisão do Presidente argentino, Mauricio Macri, decorre de uma conversa que teve com o homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, na quinta-feira.
Na Amazónia, considerada o maior pulmão do planeta, múltiplos incêndios que se expandem pelo território têm especial incidência no Brasil e, em menor medida, afetam a Bolívia.
O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.
Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
O Brasil começou hoje a enviar 44.000 militares para a vasta região amazónica para combater os incêndios florestais, depois de o Governo de Jair Bolsonaro ter sido criticado internacionalmente por não ter reagido a tempo.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou para que os incêndios na Amazónia sejam discutidos na cimeira do G7, que se realiza este fim de semana, em Biarritz, sudoeste de França, por se tratar de uma “crise internacional”.
Participam na cimeira os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se mostrou “profundamente preocupado” com os incêndios numa das “mais importantes fontes de oxigénio e biodiversidade”, referindo que a Amazónia “deve ser protegida”.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.
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