De acordo com o diário Bild, o primeiro jornal a noticiar a saída de Lambrecht do governo, esta demissão é uma decisão pessoal da ministra, sem ser imposta pela chancelaria liderada por Olaf Scholz.
Já jornal Süddeutsche Zeitung especifica que Christine Lambrecht, de 57 anos, membro do mesmo Partido Social Democrata (SPD) do chanceler Olaf Scholz, deve deixar o cargo na próxima semana.
O canal de televisão NTV acrescenta que está neste momento a ser procurado um sucessor para pasta da Defesa, dentro do SPD.
Questionado pela agência France-Presse (AFP), o Ministério da Defesa recusou-se a comentar os “rumores”.
A União Democrata-cristã (CDU), na oposição, já tinha exigido a sua saída do executivo, depois da ministra ter causado polémica com o seu discurso na véspera de Ano Novo sobre a Ucrânia.
A governante disse que teve “muitas impressões especiais” graças a esse conflito. Também mencionou “muitos, muitos encontros com pessoas interessantes e maravilhosas”, acrescentando: “Por isso, eu digo um grande obrigado”.
“Especialistas em Defesa de todo o mundo estão sem palavras com a vergonha e a falta de profissionalismo de um ministro do nosso país”, destacou o líder da CDU, Friedrich Merz, citado pelo canal de notícias Tagesschau.
O Ministério da Defesa também foi alvo de críticas depois da presidente do comité de Defesa do Parlamento alemão, Marie-Agnès Strack-Zimmermann, ter pressionado Olaf Scholz a entregar mais tanques à Ucrânia.
Já em janeiro de 2022 a ministra tinha sido criticada por ter anunciado o envio de 5.000 capacetes para a Ucrânia, que ao mesmo tempo exigia armas pesadas para se proteger de um possível conflito com a Rússia.
Segundo uma sondagem recente com 5.000 pessoas da organização Civey, 77% dos alemães são a favor da sua saída, face a apenas 13% que desejam a sua continuidade.
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