António Costa deixou esta promessa no final de um discurso com cerca de uma hora, no encerramento da Convenção Nacional do PS, que aprovou por unanimidade o programa eleitoral dos socialistas.
"Temos bem consciência que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos coloca desafios e, quando há um problema, o que um governante deve fazer não é fugir em pânico com o problema, mas olhar para o problema com frieza, analisá-lo nas suas causas e responder. O SNS, que este ano celebra 40 anos, que agora até tem uma nova lei de bases, merece todo o carinho e que seja a joia da coroa do investimento do PS na próxima legislatura", declarou.
Entre as medidas que tenciona adotar, o líder socialista falou do alargamento do cheque-dentista às crianças entre os 2 e 6 anos; na generalização da rede de unidades de saúde familiar em todo o país; na criação de um vale para óculos para cidadãos com mais de 65 anos que beneficiem do complemento solidário para idosos; e de novas valências na saúde primária como a ginecologia e pediatria.
"Temos de ter um SNS mais próximo dos cidadãos e com mais recursos para prestar melhores serviços aos portugueses", acentuou.
Entre os desafios estratégicos, o secretário-geral do PS destacou a questão das alterações climáticas, falando mesmo na necessidade de Portugal, pela sua parte, ter de "ir além do acordo de Paris" no cumprimento de metas ambientais.
Para o efeito, propôs uma redução em 50% das emissões de dióxido de carbono até 2030, a produzir 80% da sua energia elétrica com fonte renovável e a eliminação dos plásticos não reutilizáveis até ao final do próximo ano, a par de um plano para a reutilização de água.
No capítulo dos transportes públicos, António Costa atribuiu prioridade à conclusão do programa "Ferrovia 2020", prometendo nesta área das acessibilidades um investimento na ordem dos dois mil milhões de euros.
Comentários