Falando em Braga, numa sessão de apresentação dos resultados de uma parceria de inovação entre a Universidade do Minho e a Bosch, Costa apontou desde logo, como primeiro ingrediente, o “capital humano”, pela primeira vez próximo da média de qualificação da União Europeia.
Àquele ingrediente juntou uma nova geração empresarial que “percebe a necessidade” de apostar na qualificação para produzir com maior valor e a “solidariedade europeia” que garante “uma capacidade de investimento como Portugal nunca teve até agora”
“Se temos todos os ingredientes, é muito simples, é só combiná-los na dose devida para que o cozinhado saia perfeito”, afirmou.
O primeiro-ministro alertou que Portugal tem de valorizar e saber aproveitar aquela que classificou como “a geração mais qualificada de sempre”.
“Nada mais perigoso para um país que ter a geração mais qualificada de sempre como a geração mais frustrada de sempre. Temos de transformar esta geração mais qualificada de sempre na geração com maior sucesso de sempre em Portugal”, acrescentou.
Para isso, apontou como “crucial” manter políticas fiscais que ajudem a atrair os jovens que emigraram e a fixar aquele novo talento que anualmente sai das universidades e politécnicos, bem como “finalmente fechar o acordo” sobre conciliação da vida familiar e profissional.
Eliminar a precariedade e assegurar o acesso à habitação são outras medidas que Costa apontou como essenciais.
“Não desperdiçar o maior recurso, o recurso mais precioso de que o país dispõe, mais precioso do que os fundos comunitários ou qualquer outro, que é mesmo o capital humano que temos atualmente no nosso país”, advogou.
Para António Costa, a aposta na qualificação vai prosseguir, para atingir o objetivo de, em 2030, 50 por cento dos portugueses entre os 30 e os 34 anos terem formação superior concluída.
Paralelamente, quer que em 2030 o investimento em investigação e desenvolvimento em Portugal atinja os 3 por cento do produto interno bruto (PIB), um valor que atualmente se fica pelos 1,6 por cento.
A parceria de inovação entre a Universidade do Minho e a Bosch nos dom+inios da mobilidade do futuro e da transformação digital da indústria já significou, desde 2013, um investimento superior a 165 milhões de euros.
Da parceria resultou o registo de mais de 70 patentes.
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