Falando na 10.ª cimeira dos BRICS, que decorre na África do Sul, João Lourenço prometeu que Angola irá fazer tudo para entrar na organização: “O vosso exemplo inspira-nos e motiva, a trabalhar com a ambição de almejar o objetivo de um dia se poderem acrescentar outras letras à sigla BRICS”.
“Alavancar a estratégia para a parceria económica de África com os BRICS na perspetiva do crescimento inclusivo e da prosperidade compartilhada com o avanço da 4ª. revolução industrial, pode efetivamente potenciar o desenvolvimento sustentável, a inclusão económica, a reforma do Estado, a boa governação, a modernização e desburocratização dos serviços públicos assim como o surgimento da economia digital e do governo eletrónico”, afirmou o chefe de Estado angolano.
Por isso, “reitero aqui o apelo feito para que ajudem a República de Angola a superar os constrangimentos ainda existentes para colocar a economia angolana ao serviço do desenvolvimento, do progresso e do bem-estar das populações”, disse João Lourenço, um dos chefes de Estado convidados pelos BRICS.
“Acreditamos que na atual conjuntura da globalização e das tecnologias da informação e comunicação, os nossos países poderão saltar etapas, encurtando desta forma o caminho do progresso e do desenvolvimento”, adiantou João Lourenço.
Nesse sentido, “espero que as conclusões e deliberações nesta cimeira sejam positivas e contribuam para um mundo mais justo e equilibrado e multilateral”, concluiu o Presidente de Angola.
O chefe de Estado angolano, que chegou ontem a Joanesburgo, manteve encontros, em privado, com os Presidentes da China, da Rússia e o primeiro-ministro da Índia à margem da plenária da 10ª Cimeira e da iniciativa BRICS Africa.
O Presidente João Lourenço marcou presença na qualidade de chefe Estado da República de Angola e presidente em exercício do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança (OCPDS) da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O OCPDS tém como papel fundamental a manutenção da paz, segurança e estabilidade política, e fortalecimento da democracia e da boa governação na região austral do continente africano.
O bloco económico que junta o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representa, no seu conjunto, um quarto da área geográfica do planeta, 43% da população mundial e um quinto do produto interno bruto global.
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