Criada especificamente para as comemorações do 25 de abril em 2020, a obra, hoje anunciada, intitula-se “Agora Que Não Podemos Estar Juntos” e foi criada pela Companhia Hotel Europa, tendo sido em grande parte gravada nos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, onde tradicionalmente se realizam comemorações da Revolução dos Cravos.
Devido ao isolamento social exigido para conter a pandemia de Covid-19, o Governo pediu este ano aos portugueses para não festejarem nas ruas e, nesse sentido, o primeiro-ministro, António Costa, desafiou os diretores dos teatros nacionais a criarem um projeto que assinalasse a data online.
A obra filmada será apresentada no sábado, às 15h30, nas diversas plataformas digitais do Governo, nomeadamente nas redes sociais Facebook e Twitter.
Através de uma conversa por via digital, a Lusa falou com o criador artístico André Amálio e com três dos quatro diretores artísticos dos teatros nacionais de São Carlos, São João e D. Maria II, e da Companhia Nacional de Bailado, que responderam ao desafio de serem curadores do projeto lançado por António Costa para festejar os 46 anos da revolução.
“Essa luta antifascista não desapareceu e pode servir-nos de exemplo hoje, que estamos também em luta de um modo muito particular, estando isolados, sozinhos, a conviver de perto com o medo, tal como aqueles que resistiram à ditadura”, comentou André Amálio.
Segundo os curadores, a obra em vídeo “Agora Que Não Podemos Estar Juntos” faz parte de um díptico que inclui ainda um espetáculo que será apresentado futuramente, quando os portugueses puderem novamente festejar juntos, e onde serão os próprios protagonistas a contar as suas histórias.
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