O chanceler alemão, Olaf Scholz, manteve uma conversa com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, onde “condenou a continuação dos bombardeamentos” russos e “assegurou um apoio adicional de curto prazo”, inclusive ao setor energético, destacou Steffen Hebestreit, em comunicado.
Berlim assegurou também a Kiev que irá manter um apoio contínuo no setor da defesa aérea e da reconstrução a longo prazo, acrescentou.
A Rússia tem promovido, desde o início de outubro, uma vaga de ataques em massa de mísseis contra as infraestruturas de energia em toda a Ucrânia.
Segundo dados citados pelo Governo ucraniano, entre 25% e 30% deste tipo de infraestruturas ficou danificada.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou na segunda-feira que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, “está a tentar utilizar o inverno como arma de guerra” contra a Ucrânia.
Já hoje, os chefes da diplomacia da NATO comprometeram-se a apoiar a Ucrânia a reparar as suas infraestruturas energéticas atingidas pelos bombardeamentos russos e permitir que a população enfrente o inverno em melhores condições.
Na declaração aprovada no final do seu primeiro dia de reunião em Bucareste, os governantes sublinharam que a “agressão” da Rússia, incluindo os seus “persistentes e desmedidos ataques às infraestruturas civis e energéticas ucranianas” estão “a privar milhões de ucranianos dos serviços básicos”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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